É o segundo ano seguido que falo isso: falhei miseravelmente na tarefa de assistir a filmes. Se ano passado tinha assistido só 48, com sete idas ao cinema, esse ano o número caiu para 35 e três vezes no cinema. Patético, admito.

Por isso, a tarefa de escolher o melhor filme do ano é egocêntrica, com o filme que assisti e mais me marcou esse ano, seja ele lançado atualmente ou não.

Pelo menos de uma coisa me orgulho: assisti a muitos clássicos. Nunca tinha assistido Laranja Mecânica, Crepúsculo dos Deuses, Cidadão Kane, Cantando na Chuva ou mesmo o recente Beleza Americana. Assisti cada um deles com um sorriso gigantesco no rosto.

Quem quase levou o prêmio de melhor do ano foi Cisne Negro. Basta dizer que terminei de assisti-lo às 2h da madrugada e só consegui dormir às 4h, graças ao meu estado pós-filme. Faltou pouco para levar a primeira posição. Na “maratona do Oscar”, também assisti O Discurso do Rei, A Origem, 127 Horas, Reencontrando a Felicidade e Minhas mães e meus pais. Desses, o que mais me marcou em 2011 foi 127 Horas, ainda mais porque fui assistir completamente despreparado.

Mas em 2011, um filme foi simbolicamente importante. Finalizando uma década da minha vida, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 foi o final perfeito para os fãs dos livros. Um nó na garganta, mas não digno da primeira posição.

No grupo dos re-assistidos, Amor sem escalas me fez pensar tanto quanto na primeira vez. Monstros S.A. é sempre um dos meus queridinhos da Pixar e fiquei falando “gatinho” uma semana. Mas nenhum deles chega aos pés de O Rei Leão, que assisti em 3D na tela do cinema. Arrepiei inteiro quando vi o sol subindo com Circle of life ao fundo. O título de melhor filme do ano iria para ele, mas decidi que ele é hors concours. Nada na vida é capaz de bater O Rei Leão.

O filme do ano
No dia 26 de junho, fiz uma pequena maratona de filmes. Comecei com Cantando na Chuva e sua ode ao cinema. Depois assisti Namorados para sempre e fiquei muito pra baixo. Decidido a melhorar isso, coloquei ABC do amor para rodar.

Foi quando surgiu o filme de 2011. ABC do Amor é uma história leve – até mesmo bobinha – sobre o primeiro amor Ele não enxerga sem os óculos de uma pessoa. Mas é sincero, carismático e inocente. A frase que fica depois de assistir o filme é “Quem nunca”?

ABC do Amor é um filme surpreendentemente bom. Na hora que a narrativa em off do Gabe (Josh Hutcherson) começou, o peso de Namorados para sempre saiu do meu ombro e me deliciei com cada momento do filme. Eu amo/sou ABC do Amor e é por isso ele leva o prêmio de filme de 2011.