É tarde. Notícias cantadas começam hoje numa resenha totalmente renovada.

A renomada fada antes alada, caminhando na madrugada, desce indignada, sem suas asas pela estrada. Desorientada, resmunga a esmo, aos quatro ventos, por se achar injustiçada: Eu não fiz nada! – atordoada. Chora baixinho, por dentro e calada, mas sabe que a decisão já está tomada. De agora em diante exilada, será mais uma desgarrada andando desamparada. Sozinha na noite estrelada, dormirá sobre a grama molhada. Várias vezes, minguando cansada, se verá tropeçando na jornada. Mas precisa suportar o peso do nada. Superar não ter morada. Mas como, se desacreditada? Se para si própria desgraçada? Se a voz não sai, estrangulada? Talvez seja só uma fase complicada. Talvez só charada. Brincadeira do Destino, um pouquinho mal brincada. Mas como fica a dor não estancada? Cicatriz bem ganhada? Injustiça descarada? Não sei… Realmente não sei de nada. Mas me disseram, numa tarde ensolarada: a curva não mata, só dá emoção à caminhada.