O Natal é minha época preferida do ano, principalmente quando é regado com muita comida e bebida. Recuperar o pique depois é o problema. Esse ano, gastei só dois dias pra me recuperar. Um recorde! Engordei uns dois quilos? Engordei. Mas estou empenhado em perder tudo antes que o granjeiro perceba o quão apetitoso estou. Não sei se estou preparado para morrer antes de começar 2009.

Enfim, o Natal. A melhor parte é poder comer os restos da ceia. Afinal, não é todo dia do ano que o galinheiro tem um cardápio tão variado. Torta de grama ao molho madeira, pedaços empanados de minhocas, ramo de bananeira recheado com pasta de trigo. Só de pensar já me dá água na boca!

Mas tenho que parar de gula. O projeto Verão Sarado 2009 começa a partir de hoje. Na verdade começou ontem, quando fiquei deitado o dia inteiro porque não conseguia levantar do poleiro. Maldita dor de barriga. Nunca mais como dez taças de pudim de insetos. Passei o dia gemendo de dor, indo ao banheiro de meia em meia hora. Maldito pudim. Pro ano que vem, fica o lembrete: não nos deixei cair em tentação nos doces. Amém.

Pra completar, o Natal foi chuvoso. Além de ficar enrolado debaixo das cobertas, dias de chuva também servem para comer. E com tanta comida sobrando, existe alguém nesse mundo que resiste? Não conheço ninguém.

Ah, quer saber de uma coisa, foda-se o projeto Verão Sarado. Vou comer mais um pedaço de pudim e mais tarde volto. Isso se a dor de barriga não voltar, lógico.

Vou desativar meu antigo blog, o “Memórias de um frango”. Para isso, vou resgatar as crônicas que estavam postadas lá, dar uma repaginada e trazer para cá. Escrevi essa pensando em algo muito simples: o tanto que eu tinha comido no Natal. A situação se repetiu em todos os anos de minha vida, então entendo bem a revolta que quis passar na voz do frango.